Catapimba e Pedro Malasarte - Contos de Artimanha
Catapimba e Pedro Malasarte - Contos de Artimanha
Disciplina: PortuguêsConteúdo: Interpretação de texto (contos de artimanhas)
COMO SE FOSSE DINHEIRO
Todos os dias Catapimba levava dinheiro para escola para comprar o lanche.
Chegava no bar, comprava um sanduíche e pagava seu Lucas.
Mas seu Lucas nunca tinha troco.
Um dia, Catapimba reclamou de seu Lucas:
— Seu Lucas, eu não quero bala, quero meu troco em dinheiro.
— Ora, menino, eu não tenho troco. Que é que eu posso fazer?
— Ah, eu não sei! Só sei que quero meu troco em dinheiro!
— Ora, bala é como se fosse dinheiro, menino? Ora essa...
Catapimba ainda insistiu umas duas ou três vezes.
A resposta era sempre a mesma:
— Ora, menino, bala é como se fosse dinheiro... Então, leve um chiclete, se não gosta de bala.
Aí, Catapimba resolveu dar um jeito.
No dia seguinte, apareceu com um embrulhão de baixo do braço. Os colegas queriam saber o que era. Catapimba ria e respondia;
— Na hora do recreio, vocês vão ver...
E, na hora do recreio, todo mundo viu.
Catapimba comprou o seu lanche. Na hora de pagar, abriu o embrulho. E tirou de dentro... uma galinha.
Botou a galinha em cima do balcão.
— Que é isso, menino? - perguntou seu Lucas.
— É pra pagar o sanduíche, seu Lucas. Galinha é como se fosse dinheiro... O senhor pode me dar troco, por favor?
Os meninos estavam esperando para ver o que seu Lucas ia fazer.
Seu Lucas ficou um tempão parado, pensando...
Aí colocou umas moedas no balcão:
— Está aí seu troco, menino!
E pegou a galinha, para acabar com a confusão.
No dia seguinte, todas as crianças apareceram com embrulhos debaixo do braço.
No recreio, todo mundo foi comprar lanche.
Na hora de pagar...
Teve gente que queria pagar com raquete de pingue-pongue, com papagaio de papel, com vidro de cola, com geleia de jabuticaba...
O Armandinho quis pagar um sanduíche de mortadela com o sanduíche de goiabada que ele tinha levado...
Teve gente que também levou galinha, pato, peru...
E, quando seu Lucas reclamava, a resposta era sempre a mesma;
— Ué, seu Lucas, é como se fosse dinheiro...
Mas seu Lucas ficou chateado mesmo quando apareceu o Caloca puxando um bode.
Aí, seu Lucas correu e chamou a diretora. Dona Júlia veio e contaram pra ela o que estava acontecendo.
E sabe o que ela achou?
Pois achou que as crianças tinham razão.
— Sabe, seu Lucas — ela falou —, bode não é como se fosse dinheiro. Galinha também não é. Até aí o senhor tem razão. Mas bala também não é como se fosse dinheiro muito menos chiclete.
Seu Lucas se desculpava:
— É, mas eu não tive troco?
— Aí, o senhor anota, e no outro dia paga.
Os meninos fizeram uma festa, deram pique-pique pra dona Júlia e tudo.
Naquele dia, nem houve mais aula.
Mas o melhor de tudo é que todos do bairro ficaram sabendo do caso.
E, agora, seu Pedro da farmácia não dá mais compridos de troco, seu Ângelo do mercado não dá mais mercadoria como se fosse dinheiro.
Afinal, ninguém quer receber um bode em pagamento, como se fosse dinheiro. É, ou não é?
Ruth Rocha
1- Se você estivesse no lugar do Catapimba, o que diria para seu Lucas?
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2- Você concorda com o seu Lucas, quando ele diz que a bala é como se fosse dinheiro? Por quê?
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3- Que intenção teve Catapimba ao pagar seu Lucas com a galinha?
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4- Por que seu Lucas resolveu dar o troco de Catapimba?
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5- Enumere as frases de acordo com os acontecimentos do texto:
( ) Catapimba resolveu dar um jeito.
( ) Seu Lucas ficou parado, pensando.
( ) Seu Lucas nunca tinha troco.
( ) Na hora do recreio todo mundo viu.
( ) Todo dia Catapimba levava dinheiro para o lanche da escola.
( ) Teve gente que também levou galinha, pato, peru.
( ) Fizeram uma festa, deram pique-pique pra dona Júlia e tudo.
( ) Bala é como se fosse dinheiro.
6- Coloque (V) para verdadeiro e (F) para falso:
( ) Seu Lucas dava bala de troco como se fosse dinheiro.
( ) O embrulho que Catapimba levou para a escola tenha uma cobra.
( ) Seu Pedro da farmácia não dá mais pastilhas de troco.
( ) Seu Lucas não aceitou o pagamento feito por Catapimba.
( ) Catapimba pagou o sanduiche com uma galinha.
SOPA DE PEDRAS
Adaptação de Luiz G. Cavalcante
Pedro Malasarte, um menino espeto e meio danado, estava viajando a pé há muitas horas quando começou a sentir muita fome.
Viu uma casa na beira da estrada, bateu na porta e uma mulher com cara de poucos amigos atendeu.
- O que você quer? - perguntou a mulher.
- Quero um pouco de comida, pois estou viajando desde muito cedo.
A mulher nem respondeu e bateu a porta na cara de Malasarte.
Mas o menino não desistiu, acendeu uma fogueira perto da casa da mulher, pegou uma panela que evava na mochila e jogou umas pedras dentro.
A mulher, da janela, observava tudo o que Malasarte fazia.
- O que você está fazendo? - perguntou ela.
- Estou cozinhando uma suculenta sopa de pedras. - respondeu Malasarte.
- Essa é boa! Como é que se faz essa tal sopa? - indagou a mulher, cada vez mais curiosa e já fora da casa.
- Bem, primeiro preciso de água e sal.
A mulher entrou em casa e trouxe o que ele pedira.
- Agora, um pouco de gordura e macarrão iria muito bem. Daria um gosto melhor à sopa - disse o sabido Pedro Malasarte.
Querendo saber onde o garoto chegaria, a mulher trouxe rapidamente a gordura e o macarrão.
- Se eu tivesse ainda um pouco de carne e pão para comer com a sopa, ela ficaria realmente especial.
A mulher já nem pensava mais. Queria ver logo a sopa pronta, para experimentá-la.
E assim foi. Quando Malasarte considerou a sopa pronta, ofereceu um prato à mulher e devorou o restante.
- Mas você não vai comer as pedras que ficaram no fundo da panela? - perguntou a mulher.
- Não. As pedras eu deixo para a senhora, pois já estou de barriga cheia - respondeu Pedro Malasarte, já guardando suas coisas e preparando-se para ir embora.
A mulher não entendeu nada, pegou as pedras e levou-as para casa.
Malasarte seguiu seu caminho feliz da vida.
1-ENUMERE A SEGUNDA COLUNA DE ACORDO COM O SIGNIFICADO DA PRIMEIRA COLUNA:
( 1 ) mochila ( ) comeu esfomeadamente
( 2 ) suculenta ( ) sacola de viagem que leva nas costas
( 3 ) devorou ( ) nutritiva
2- Marque V para verdadeiro e F para falso:
( ) A mulher que atendeu Malasarte tinha cara de poucos amigos.
( ) A mulher que atendeu Malasarte tinha rosto tranquilo.
( ) A mulher que atendeu Malasarte tinha rosto sério, não permitindo discussões.
3- Quem era Pedro Malasarte?
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4- Quem é o narrador desta história?
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5- O que a mulher fez quando Malasarte lhe pediu um pouco de comida?
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6- O que Malasarte fez para conseguir comida?
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7- O que fez a sopa de pedras ficar tão saborosa e nutritiva?
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8- Na sua opinião, a mulher mereceu ser enganada por Malasarte?
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9- NUMERE AS FRASES NA ORDEM EM QUE OS FATOS OCORREM NO TEXTO:
( ) Malasarte pediu comida, mas a mulher não lhe deu.
( ) Malasarte pediu água e sal à mulher.
( ) Malasarte disse à mulher que faria uma suculenta sopa de pedras.
( ) Malasarte acendeu o fogo, pegou a panela e jogou umas pedras dentro.
( ) Malasarte pediu, ainda, um pouco de carne e de pão para comer com a sopa.
( ) Logo após, Malasarte pediu gordura e macarrão.
( ) Malasarte matou a fome e foi embora satifeito.
10-REESCREVA AS FRASES CORRIGINDO AS INFORMAÇÕES INCORRETAS SOBRE O TEXTO:
a) Malasarte, um homem de meia-idade, estava viajando a cavalo.
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b) Malasarte chegou à casa de uma prima.
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c) Malasarte preparou uma deliciosa galinha assada.
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d) o final da história, Malasarte foi embora triste e com fome.
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Amei
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