Cultura Afro Brasileira - Os africanos no Brasil - Hora de Colorir - Atividades escolares

Cultura Afro Brasileira - Os africanos no Brasil

ATIVIDADES ALINHADAS À BNCC

(EF05HI01) Identificar os processos de formação das culturas e dos povos, relacionando-os com o espaço geográfico ocupado.
(EF05HI08) Identificar formas de marcação da passagem do tempo em distintas sociedades, incluindo os povos indígenas originários e os povos africanos.



OS AFRICANOS NO BRASIL

Da mesma forma que os povos indígenas, os africanos tiveram importante participação na  formação do povo brasileiro.
            Originários de diversas regiões da África, eles foram adquiridos como escravos pelos portugueses, para trabalharem na exploração das riquezas no Brasil.

UMA LONGA VIAGEM
            Durante mais de 350 anos, quase 5 milhões de africanos escravizados chegavam: na Bahia, no Rio de Janeiro e no Recife. Muitos estavam fracos e doentes.
            Dos portos da África ao litoral do Brasil, a viagem era feita nos porões dos navios negreiros, também chamados de tumbeiros.
            A viagem para o Brasil era dramática cerca de 40% dos negros embarcados morriam durante a viagem nos porões dos navios negreiros, que os transportavam. Mas no final da viagem sempre havia lucro. Os principais portos de desembarque no Brasil eram Bahia, Rio de Janeiro e Pernambuco, de onde seguiam para outras cidades.
           
A CHEGADA
            Os africanos apesar de fracos e doentes,eram levados aos mercados de escravos para serem vendidos.
            Não sabiam para onde iriam, se era para o campo, fazenda, engenho ou cidade, nem se um dia reencontraria os que tinham vindo com ele no navio.
            Trazidos ao ambiente colonial, esses escravos eram usualmente separados de seus amigos e familiares para que evitassem qualquer tentativa de fuga. Após serem vendidos a um grande proprietário de terras, os escravos eram utilizados para o trabalho nas grandes monoculturas e recolhidos em uma habitação coletiva conhecida como senzala. Esse tipo de escravo era conhecido como escravo de campo ou escravo de eito e compunha boa parte da população escrava da colônia.
            A rotina de trabalho desses escravos era árdua e poderia alcançar um turno de dezoito horas diárias. As condições de vida eram precárias, sua alimentação extremamente limitada e não contava com nenhum tipo de assistência ou garantia. Além disso, aqueles que se rebelavam contra a rotina imposta eram mortos ou torturados. Mediante tantas adversidades, a vida média de um escravo de campo raramente alcançava um período superior a vinte anos.

A ÁFRICA ANTES DA CHEGADA DOS EUROPEUS
            A África está separada em duas regiões: a África do Norte e África Subsaariana.
            Segundo os arqueólogos, foi na África que surgiram os primeiros seres humanos. Dali eles se espalharam pelos  outros continentes.
            Na África do Norte, por volta de 3.500 a.C., começou a surgir a civilização egípcia. Ao Sul do Egito formou-se o reino Kush.
            Na África Subsaariana, surgiram mais tarde diversos reinos, um deles é o reino de Gama. Gama era muito rica em ouro.
            Outros reinos africanos importantes foram: Axum, do Mali, reino do Congo.

O TRABALHO ESCRAVO
            Os negros que chegavam ao Brasil eram expostos  nos mercados e vendidos como mercadoria.
Para onde iam depois?

NOS CAMPOS
            Até meados do século XVIII a maior parte de africanos eram enviados para os engenhos de açúcar de Pernambuco e da Bahia.
            No começo do século XIX , grande parte iam para as minas de ouro e diamantes de Minas Gerais. No decorrer deste século, muitos seguiram para o Rio de Janeiro e São Paulo, para trabalharem nas fazendas de café.
            Este tempo o processo era todo manual, os escravos trabalhavam mais de dezessete horas por dia.
            Nos engenhos toda cana era carregada por eles até as moendas, onde extraía a garapa, depois era fervida até se transformar em açúcar.

NAS CIDADES
            Na maioria das cidades brasileiras, viviam mais escravos do que pessoas livres. Em algumas residências as escravas trabalhavam como mucamas, criadas e ama de leite.
            Os negros saiam pelas ruas com cestos na cabeça e iam de porta em porta para vender: lenha, flores, sapatos, doces, aves, palmitos, laranjas, galinhas, ervas, leite, tortas, roscas,panelas, roupas, ovos, amuletos, etc.
            No fim do dia ou semana entregavam todo o dinheiro aos seus senhores.
            Outros escravos eram alugados para prestarem outros serviços.
            Foram os escravos que construíram as casas de engenho, igrejas, presídios de inúmeras cidades.

A VIDA NOS QUILOMBOS
            Existiram centenas de quilombos no Brasil, onde os escravos fugidos, homens brancos e indígenas moravam.
            Cada quilombo era construído por várias vilas.
            Os quilombos tinham uma organização parecidas com as aldeias africanas, de onde os quilombolas eram originários. Havia uma divisão de tarefas e todos trabalhavam. Um líder geralmente comandava o quilombo. Viviam, principalmente, da agricultura de subsistência e da pesca. Podiam viver de acordo com seus hábitos culturais africanos e praticar livremente seus cultos religiosos.
            A vida nesses quilombos eram constantemente ameaçadas pelas invasões. Por isso eles estavam sempre alerta e prontos para lutar se preciso contra as autoridades que estavam a sua procura.

QUILOMBO DOS PALMARES
         O Quilombo dos Palmares é o mais conhecido, mas não foi o único agrupamento de escravos fugidos que existiu. Desde o início do século XVI, já havia registros de fugas de
cativos, que juntavam suas forças para se esconder
            Esse foi o maior e mais duradouro, localizado no Estado de Alagoas, longe das fazendas, e possuía terras férteis e água em abundância.
            Foi fundado por volta de 1.600, após a fulga de 40 escravos. Com o tempo mais quilombos foram formando nas proximidades, tendo assim no total doze quilombos interligados. Existia regras e leis próprias, com isso foi uma das comunidades mais bem sucedidas. Esta  notícia se espalhava e mais negros ficavam estimulados a fugir para se juntarem com os demais.
            Um dos líderes mais famosos foi Zumbi. Ele nasceu numa das aldeias do quilombo, mas quando criança foi capturado por soldados e dado  ao  padre Antonio Melo.
            Estudou português e latim, foi batizado como Francisco. Aos 15 anos fugiu e voltou ao quilombo. Corajoso com capacidade de organização e comando  tornou-se líder dos Palmares.
            Zumbi significa “força do espírito presente”.

AS CONTRIBUIÇÕES DA CULTURA AFRICANA
            Podemos observar que existe mistura de raças como espanhóis, portugueses, italianos, etc. Dependendo do lugar o número é maior com antepassados africanos.
As culturas africanas tiveram grande influência na formação cultural brasileira e a diversidade dos escravos no Brasil reflete diretamente a variedade de povos existentes na África. Não obstante, a maior parte destas populações era de origem Bantos, Nagôs e Jejes, Hauçás e Malês.
Muitos são os aspectos culturais que sofreram influência africana no país, entretanto, podemos destacar o candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás, da qual surge a umbanda; a capoeira, uma dança-luta praticada pelos antigos escravos; a culinária, com vários temperos e pratos típicos, como o vatapá, o caruru e o acarajé.
Na área musical, os ritmos africanos estão em quase todos os estilos brasileiros: maxixe, samba, blues, jazz, reggae, rap, choro, bossa-nova ; surgiram graças a dispersão dos escravos africanos pelo Atlântico.  E na dança, o samba é a expressão maior da cultura afro descendente.

            O samba, a capoeira, o maracatu, e outros, o sabor forte de nossa comida são algumas manifestações dessa presença. Nossa língua também possui forte influência africana.

(adaptado)


1- De que maneira o negro contribuiu para a formação do Brasil?
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2- De onde os negros era trazidos para o Brasil?
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3- Eles vinham para o Brasil para trabalharem onde?
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4- Como era a vida dos escravos?
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5- Coloque (V) para verdadeiro e (F) para falso:

(   ) Zumbi significa “força do espírito presente”.
(   ) Da mesma forma que os povos indígenas, os portugueses tiveram importante participação na  formação do povo brasileiro.
(   ) Durante mais de 350 anos, quase 5 milhões de africanos escravizados chegavam: na Bahia, no Rio de Janeiro e no Recife.
(   ) A viagem era feita nos porões dos navios negreiros, também chamados de bombeiros.
(   ) Os africanos apesar de fracos e doentes,eram levados aos mercados de escravos para serem vendidos.
(   ) A rotina de trabalho desses escravos era tranquila e poderia alcançar um turno de oito horas diárias.
(   ) Muitos são os aspectos culturais que sofreram influência africana no país, entretanto, podemos destacar o candomblé, religião afro-brasileira.



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