26 Exercícios de Língua Portuguesa - 5º ano - Hora de Colorir - Atividades escolares

26 Exercícios de Língua Portuguesa - 5º ano

Texto I - A Piscina

Era uma esplêndida residência na Lagoa Rodrigo de Freitas, cercada de jardins e tendo ao lado uma bela piscina. Pena que a favela, com seus barracos grotescos se alastrando pela encosta do morro, comprometesse tanto a paisagem.
Diariamente desfilavam diante do portão aquelas mulheres silenciosas e magras, lata d’água na cabeça. De vez em quando surgia sobre a grade a carinha de uma criança, olhos grandes e atentos, espiando o jardim. Outras vezes eram as próprias mulheres que se detinham e ficavam olhando.
  Naquela manhã de sábado, ele tomava seu gim-tônica no terraço, e a mulher um banho de sol, estirada de maiô à beira da piscina, quando perceberam que alguém os observava pelo portão entreaberto.
Era um ser encardido, cujos molambos em forma de saia não bastavam para defini-lo como mulher. Segurava uma lata na mão e estava parada à espreita, silenciosa como um bicho. Por um instante as duas mulheres se olharam, separadas pela piscina.
De súbito, apareceu a dona da casa que a estranha criatura se esgueirava portão adentro, sem tirar dela os olhos. Ergueu-se um pouco, apoiando-se no cotovelo, e viu com terror que ela se aproximava lentamente; já transpusera o gramado, atingira a piscina, agachava-se junto à borda de azulejos, sempre a olhá-la, em desafio, e agora colhia água com a lata. Depois, sem uma palavra, iniciou uma cautelosa retirada, meio de lado, equilibrando a lata na cabeça e em pouco sumia-se pelo portão.
Lá no terraço, o marido, fascinado, assistia a toda a cena. Não durou de um ou dois minutos, mas lhe pareceu sinistra como os instantes tensos de silêncio e de paz que antecedem um combate. Não teve dúvida: na semana seguinte vendeu a casa.

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1-  A palavra destacada no quinto parágrafo –súbito -  tem o mesmo significado de:
( A ) sempre
( B ) de repente
( C ) diariamente
( D ) ocasionalmente

2-    No terceiro parágrafo, qual é o advérbio que aparece:
( A ) estirada
( B ) terraço
( C ) manhã
( D ) beira

3-     No quinto parágrafo, a frase “já transpusera o gramado, atingira a piscina, agachava-se junto à borda, de azulejos, sempre a olhá-la...”, os pronomes existentes são:
( A ) possessivos
( B ) do caso reto
( C ) de tratamento
( D ) do caso oblíquo



Texto II – A chata ou as baratas.

Esta noite tive um sonho. Sonhei que os cachorros, gatos, peixes, pássaros, moscas, baratas, todos tinham a voz ardida daminha irmã mais nova, a Andreia.
No sonho, todos os bichos começaram a se manifestar ao mesmo tempo: o cachorro latia, o gato miava, as moscas zumbiam, as baratas corriam e os peixes nadavam. Eu queria fugir, mas as pernas não me obedeciam. Foi quando as baratas descontroladas e cegas começaram a subir em meus pés descalços... Ai! 
Abri a boca para gritar, apavorado, mas a voz não saia, e quando saiu era igual à voz da chata daminha irmã, que de repente entrou no meu sonho e falou:
-- ACORDA, VAMOS BRINCAR!
Pulei da cama e, quando à vi acordada em cima do meu pé, no lugar das baratas, confesso: até que gostei...Pensando bem, minha irmã não é assim tão ruim como parece.

Dilea Frate 
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4-    A frase Foi quando as baratas descontroladas e cegas começaram a subir em meus pés descalços... e as reticências (...) mostram que as baratas:
( A ) pararam de subir nos pés do menino;
( B ) continuaram a subir, subir, subir;
( C ) fugiram assustadas;
( D ) ficaram cegas de repente.

5-    No segundo parágrafo aparece uma interjeição. Marque a alternativa que corresponde a interjeição:
( A ) se
( B ) Ai!
( C ) não
( D ) eu


6-    “abri a boca para...” o verbo está no tempo:
( A ) pretérito imperfeito;
( B ) pretérito mais que perfeito;
( C ) presente;
( D ) pretérito perfeito.


7-    Assinale a alternativa onde se encontram apenas substantivos comuns:
( A ) bichos, pássaros, Andreia;
( B ) baratas, acorda, gatos;
( C ) peixes, moscas, cama;
( D ) Andreia, corriam, pés.

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Texto III – Por que criança não pode trabalhar?

Criança não pode trabalhar por um motivo simples: porque ela está muito ocupada sendo criança. Ser criança é ter a liberdade de fazer uma porção de coisas: ir à escola, brincar, ler, praticar esportes, conviver com outras crianças. Ser criança é ser livre para inventar brincadeiras, fazer descobertas e, aos pouquinhos, aprender a ler o mundo.
Quando uma criança trabalha, não sobra tempo para brincar e estudar. As crianças que trabalham, em vez de papel e lápis, usam enxadas e pás. Em vez de conviver com outras crianças na sala de aula, elas passam o dia cercadas de adultos, suando a camisa em lavouras, em carvoarias, em lares de estranhos, em lixões e nas ruas.
O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) diz com todas as letras: abaixo dos 16 anos é proibido trabalhar. Mas estar escrito na lei não é suficiente. É preciso que os governos, as famílias e as empresas estejam atentos e prontos a ajudar as crianças que trabalham, tirando-as dessas atividades, garantindo que elas possam estudar e ajudando suas famílias a acolhê-las com dignidade e carinho.
Helio Mattar. Folhinha. In: Folha de S. Paulo, 02/03/2002.



8-    O trecho do texto acima que reforça a ideia central do texto é:
( A ) “O ECA diz com todas as letras (...);
( B ) “abaixo dos 16 anos é proibido trabalhar”;
( C ) “Mas estar escrito na lei não é suficiente”;
( D ) “É preciso que os governos, as famílias e as empresas estejam atentos e prontos a ajudar (...)”..

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Texto IV – O homem  e a galinha .

Era uma vez um homem que tinha uma galinha.
Era uma galinha como as outras.
Um dia a galinha botou um ovo de ouro.
O homem ficou contente. Chamou a mulher:
— Olha o ovo que a galinha botou.
A mulher ficou contente: — Vamos ficar ricos!
E a mulher começou a tratar bem da galinha.
Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha.
Dava pão de ló, dava até sorvete.
E a galinha todos os dias botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
— Pra que esse luxo todo com a galinha?
Nunca vi galinha comer pão de ló...
Muito menos tomar sorvete!
Vai que a mulher falou:
 — É, mas esta é diferente! Ela bota ovos de ouro!
O marido não quis conversa:
— Acaba com isso mulher. Galinha come é farelo.
Aí a mulher disse:
 — E se ela não botar mais ovos de ouro?
— Bota sim — o marido respondeu.
 A mulher todos os dias dava farelo à galinha.
E a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
 — Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão!
A galinha pode muito bem comer milho.
— E se ela não botar mais ovos de ouro?
— Bota sim — o marido respondeu.
Aí a mulher começou a dar milho pra galinha.
E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Vai que o marido disse:
— Pra que esse luxo de dar milho pra galinha?
Ela que procure o que comer no quintal!
— E se ela não botar mais ovos de ouro?
— Bota sim — o marido falou.
E a mulher soltou a galinha no quintal.
Ela catava sozinha a comida dela.
Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro.
Um dia a galinha encontrou o portão aberto.
Foi embora e não voltou mais.
 Dizem, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão de ló.
Ruth Rocha.


9-    No trecho “Dizem, eu nãos ei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão de ló” a expressão sublinhada significa que a galinha está:
( A ) sedo bem tratada;
( B ) catando comida no quintal;
( C ) voltando a comer farelo;
( D ) se sentido abandonada.

10- Assinale a alternativa onde só há verbos no tempo: pretérito imperfeito.
( A ) catava – botava.
( B ) começou - pode.
( C ) está - bota.
( D ) encontrou - voltou.

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Texto V – O início da terra e da vida

Você conhece a história de sua família? Onde e como vivem seus pais, avós e bisavós?
E a história da humanidade? Você sabe quando começou? E o planeta Terra, nossa casa comum, quando surgiu?
Nosso planeta teve origem há mais ou menos 4,5 milhões de anos. É velho, não? Para nós, é difícil imaginar um tempo tão longo.
No inicio a /terra era uma imensa massa incandescente, ou seja, em brasa, que se formou a partir do mesmo material que deu origem ao Sol e aos demais planetas do Sistema Solar. No decorrer de milhões de anos, essa massa foi esfriando e forma se formando os elementos que existem hoje em nosso planeta: o ar, a água, as rochas, o solo, as plantas, os animais e o ser humano.
A vida surgiu há mais ou menos 3,5 milhões de anos – portanto, um bilhão de anos após o início da formação da Terra. Acredita-se que surgiu na água, sob forma de seres bem simples. Com o tempo, eles forma se tornando complexos e deram origem às plantas e aos animais. Mais tarde, a vida fixou-se sobre a terra firme e no ar.
É fantástica a marcha do surgimento de diferentes formas de vida sobre a Terra: microrganismos, plantas, peixes, répteis, aves, mamíferos.
Você sabe quando surgiram os primeiros seres humanos sobre a Terra? Há aproximadamente 3 milhões de anos. Parece muito, mas não é, se consideramos que a vida no planeta tem amis de 3 bilhões de anos.
Ao longo do tempo, os seres sofreram transformações, dando origem a várias espécies.
Esse processo chama-se evolução. A vida humana descende, por evolução, daqueles primeiros seres vivos microscópicos.

11- De acordo com o texto, os seres vivos sofreram várias transformações, dando origem às várias espécies, num processo que se chama:
( A ) história da humanidade;
( B ) formação do planeta
( C ) vida humana;
( D ) evolução.


12- O sinal de pontuação usado nas primeiras frases é:
( A ) ponto final;
( B ) ponto de interrogação;
( C ) ponto de exclamação;
( D ) ponto e vírgula.


13- No trecho: “No início, Terra era uma imensa massa incandescente...” a palavra grifada é:
( A ) substantivo comum;
( B ) pronome;
( C ) verbo;
( D ) adjetivo.


14- No quinto parágrafo há dois pronomes:
( A ) de tratamento;
( B ) do caso oblíquo;
( C ) possessivo;
( D ) do caso reto.


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Texto VI –

“Havia um trabalho a ser feito, e Todo o Mundo achou que Alguém o faria.
Qualquer Um poderia tê-lo feito, mas Ninguém o fez.
No final todo Mundo culpou Alguém porque Ninguém fez o que Qualquer um poderia ter feito”.

15- Qual das alternativas abaixo melhor serviria como título para o texto acima?
( A ) Fábula da preguiça;
( B ) Jogo do empurra-empurra;
( C ) Responsabilidade;
( D ) Deixe como está para ver como fica.

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Texto VII – 1º Texto

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.

16- Pode se afirmar, com base nas ideias do autor-personagem, que se trata:
( A ) de um texto jornalístico;
( B ) de um texto religioso;
( C ) de um texto cientifico;
( D ) de um texto autobiográfico.

17-  Deduz-se do texto que o autor-personagem:
( A ) está morrendo;
( B ) já morreu;
( C ) não quer morrer;
( D ) não vai morrer.


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Texto VIII – A era do automóvel


E, subitamente, é a era do Automóvel. O monstro transformador irrompeu, bufando, por entre os escombros da cidade velha, e como nas mágicas e na natureza, aspérrima educadora, tudo transformou com aparências novas e novas aspirações. Quando os meus olhos se abriram para as agruras e também para os prazeres da vida, a cidade, toda estreita e toda de mau piso, eriçava o pedregulho contra o animal de lenda, que acabava de ser inventado em França. Só pelas ruas esguias dois pequenos e lamentáveis corredores tinham tido a ousadia de aparecer. Um, o primeiro, de Patrocínio, quando chegou, foi motivo de escandalosa atenção. Gente de guarda-chuva debaixo do braço parava estarrecida como se estivesse vendo um bicho de Marte ou um aparelho de morte imediata. Oito dias depois, o jornalista e alguns amigos, acreditando voar com três quilômetros por hora, rebentavam a máquina de encontro às árvores da rua da Passagem. O outro, tão lento e parado que mais parecia uma tartaruga bulhenta, deitava tanta fumaça que, ao vê-lo passar, várias damas sufocavam. A imprensa, arauto do progresso, e a elegância, modelo de esnobismo, eram os precursores da era automobilística. Mas ninguém adivinhava essa era. Quem poderia pensar na influência futura do automóvel diante da máquina quebrada de Patrocínio? Quem imaginaria velocidades enormes na carriola dificultosa que o conde Guerra Duval cedia aos clubes infantis como um brinco idêntico aos balanços e aos pôneis mansos? Ninguém! absolutamente ninguém.
- Ah! Um automóvel, aquela máquina que cheira mal?
- Pois viajei nele.
- Infeliz.
Para que ele se firmasse foi necessária a transfiguração da cidade. E a transfiguração se fez: ruas arrasaram-se, avenidas surgiram, os impostos aduaneiros caíram, e triunfal e desabrido o automóvel entrou, arrastando desvairadamente uma catadupa de automóveis. Agora, nós vivemos positivamente nos momentos do automóvel, em que o chofer é rei, é soberano, é tirano.


18- A frase  NÃO demonstra uma visão negativa do automóvel é:
( A ) “o mostro transformador irrompeu, bufando...”;
( B ) “parava estarrecida como se estivesse vendo um bicho de Marte”;
( C ) “a máquina de encontro às árvores da Rua da Passagem”;
( D ) “Aquela máquina que cheira mal?”.


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Texto IX – O Conselheiro 

Contam que um certo lavrador possuía um burro que o repouso engordara e um boi que o trabalho abatera.
Um dia, o boi queixou-se ao burro e perguntou-lhe: “não terás ó irmão, algum conselho que me salve desta dura labuta?
O burro respondeu: “finge-te de doente e não comas tua ração. Vendo-te assim, nosso amo não te levará para lavrar o campo e tu descansarás”.
Dizem que o lavrador entendia a linguagem dos animais, e compreendeu o diálogo entre o burro e o boi.
Na manhã seguinte, viu que o boi não comera a sua ração: deixou-o e levou o burro em seu lugar. O burro foi obrigado a puxar o arado o dia todo, e quase morreu de cansaço. E lamentou o conselho que dera ao boi.
Quando voltou à noite perguntou-lhe o boi: “Como vais, querido irmão?” Vou muito bem, respondeu o burro. Mas ouvi algo que me fez estremecer por tua causa. Ouvi nosso amo dizer: “Se o boi continuar doente, deveremos matá-lo para não perdermos sua carne”. “Minha opinião é que tu comas tua ração e voltes para tua tarefa a fim de evitar tamanho infortúnio”.
O boi concordou, e devorou imediatamente toda a sua ração.
O lavrador estava ouvindo, e riu.


19- O conselheiro de que fala o título do texto é:
( A ) o boi;                                             
( B ) o burro;                                               
( C ) o lavrador;
( D ) de uma amigo lavrador.


20- A palavra sublinhada labuta  do segundo parágrafo, tem o mesmo significado que:
( A ) preguiçoso;                                             
( B ) trabalhador;                                               
( C ) lavrador;
( D ) burro.

21- No terceiro parágrafo aparece um pronome de caso oblíquo, marque a resposta que contem o pronome retirado desse parágrafo:
( A ) o;                                             
( B ) um;                                               
( C ) que;
( D ) te.
Texto X – Uma menina chamada chapeuzinho Azul

Aposto que você adivinhou que essa menina conhecida pelo apelido de Chapeuzinho Azul era irmã daquela outra menina conhecida pelo apelido de Chapeuzinho Vermelho.
As duas meninas ganharam seus chapeuzinhos no mesmo dia. Foi no Dia da Criança de mil, seiscentos e me esqueci. Elas gostaram tanto de ganhar seus chapeuzinhos que até se esqueceram de ficar bravas porque não tinham ganhado as bonecas que tanto queriam.
Esses chapeuzinhos na verdade eram duas capinhas com capuz, mas todo mundo conhece a história
da menina que ganhou a roupinha vermelha como “Chapeuzinho Vermelho”, então vamos fingir que as capinhas com capuz eram chapeuzinhos, está bem?
Naquele dia em que a menina do chapeuzinho vermelho saiu de casa para levar doces para a vovozinha que estava doente e se encontrou com o lobo etc. e tal, a irmã dela ficou em casa. Elapassou o dia todo no quarto porque estava com gripe.
Ninguém nunca ouviu falar na Chapeuzinho Azul porque ela nunca teve um dia tão agitado como o da irmã dela. Ninguém nunca ouviu falar também do pai das duas meninas porque quando a Chapeuzinho Vermelho foi pela estrada afora bem sozinha, o pai dela estava na cidade, que ficava não muito ali por perto. Ele saía de casa todo dia bem cedinho e só voltava de noite. Porque trabalhava, junto com muitos outros homens, na construção de uma ponte que estava sendo feita sobre um grande rio.
Ninguém nunca ficou sabendo também que a Chapeuzinho Vermelho tinha uma outra avó. Isso é fácil de imaginar, porque afinal as crianças geralmente têm duas avós, a mãe da mãe e a mãe do pai. Essa outra avó era mãe do pai. Aquela que quase virou comida de lobo era a mãe da mãe.
Essa outra avó das Chapeuzinhos se chamava Iolanda, mas todo mundo a chamava de Vó Gorda, você pode imaginar por quê, né?!! Mas, ela não se importava com esse apelido, e até achava graça. Então, a Vó Gorda saiu lá da casinha dela com uma cestinha de doces para levar para a Chapeuzinho Azul que, como eu já contei, estava gripada, coitadinha.
No caminho para a casa da netinha, a avó se encontrou com um lobo. Um lobo tão Lobo Mau quanto aquele que enganou a Chapeuzinho Vermelho. E esse outro Lobo Mau tentou enganar a Vó Gorda, dizendo para ela ir pelo caminho da floresta. Mas como ela não era boba, foi pelo caminho mais curto e chegou antes do Lobo Mau. E quando ele chegou pronto para comer a Chapeuzinho Azul e a avó dela, deu de cara com o pai das meninas, que já tinha voltado do trabalho. Ele estava esperando pelo lobo na frente da casa com sua espingarda em punho. Lá dentro a Chapeuzinho Azul, a mãe dela e a Vó Gorda espiavam pela janela e riam.
O lobo, que era tão Lobo Mau quanto o outro, mas também tão esperto quanto a Vó Gorda, quando viu a espingarda, deu um tchauzinho de longe e deu no pé. Na noite desse mesmo dia, a Chapeuzinho Vermelho chegou acompanhada pelo caçador e contou sua aventura. Foi por isso que os pais das meninas nunca mais deixaram as duas andarem sozinhas pela floresta. Depois do jantar, as duas irmãs pediram para comer os doces que a Vó Gorda tinha trazido em sua cestinha. Mas ela deu uma gargalhada e confessou que tinha ficado com fome no caminho e foi beliscando, beliscando, beliscando e, quando chegou, a cesta já estava vazia.

22 - Observe a frase me negrito do texto no sétimo parágrafo e responda qual era a atitude da avó das Chapeuzinhos que demonstra que ela não se importava com o apelido de Vó Gorda.
( A ) fingia que não escutava;                                             
( B ) achava graça;                                               
( C ) criava outros apelidos também;
( D ) ignorava as pessoas.

23- No primeiro parágrafo o narrador está conversando com quem?
( A ) com a chapeuzinho azul;                                             
( B ) com a vó Iolanda;                                               
( C ) com o leitor;
( D ) com o narrador mesmo.

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Texto XII - Eleições na floresta

Caso cômico foi o que aconteceu no dia do lançamento da candidatura do Papagaio Louro à Administração Geral da floresta.
A clareira onde os bichos faziam suas reuniões foi tomada por um bom número de ouvintes, curiosos pela plataforma política do candidato. Depois, a luta estava no seu ponto mais alto, nervosa e empatada entre os dois únicos candidatos àquele honroso cargo: o já citado Papagaio Louro e a senhorita Galinhoca, presidente do C.F.C (Clube Feminino da Floresta).
Como se disse antes, a preferência do eleitorado não estava definida. Os bichos ouviam por ouvir ambas as partes, para mais tarde cada qual escolher o que mais lhe conviesse.
Naquele dia, a bicharada ouviria Papagaio Louro. O comício da candidata Galinhoca havia sido um escândalo, por que no momento em que ia falar, fez um esforço tão grande, que não é que botou um ovo? A expectativa do discurso do Papagaio Louro era, portanto, de consagração final.
Foi sob aplausos que o candidato subiu no palanque, que era um toco velho, e pigarreou para limpar a garganta e silenciar os ouvintes. Como o pigarro continuasse, pediu uma cuia de água, nascente ali por perto. O Macaquildo, excelente garçom, trouxe ao candidato a sua cuia com água tão fresquinha que parecia gelada.
O orador bebeu – a toda de uma vez. Logo sorriu para a platéia, testou novo pigarro e começou:
- Meus queridos bichos – purutaco – as aves e insetos da nossa floresta – purutaco. Eu hic – pupu – hic – rutaco – espero – hic - ... e, indo assim por diante. Foi provocando um festival de gargalhadas, porque o Papagaio Louro pegou num soluço de não sair do pupu – hic – rutaco – hic, etc.
Os adversários aproveitaram a ocasião para empatar o eleitorado em suas preferências. O Papagaio não mais se recuperou e, por levar tantos tapinhas nas constas, quase foi parar no hospital.
Como terminou a história?
Assim: sendo os candidatos incompetentes, foi eleito em caráter excepcional o Canarinho da Terra que, mesmo não fazendo nada, já estaria contribuindo, e muito, com seus belos trinados de notável canto.
                                  
24 - “Caso cômico foi o que aconteceu no dia do lançamento da candidatura do Papagaio Louro à Administração Geral da floresta.” A palavra sublinhada acima significa:
( A ) ruim         
( B ) triste        
( C ) assustador      
( D ) engraçado

25- No quarto parágrafo aparece o ponto de interrogação. Esta pontuação na verdade está indicando:
( A ) exclamação         
( B ) afirmação       
( C ) pergunta      
( D ) questionamento

26- No sexto parágrafo a palavra destacada orador,  pode ser substituída por:
( A ) operário          
( B ) crente em Deus       
( C ) comunicador      

( D ) animal  

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